Sabe aquelas coisas que te caem no colo sem pedir licença e transformam a vida? O texto desta canadense nascida em 1939, é assim.
Conheci esta senhoura num jantar, na Festa Literária de Parati, acho que em 2003 ou 2004, sou ruim que só para datas, não importa, o fato é que..Sim! Eu jantei com Margaret Atwood! E isto estou contando só para que morram de inveja, porque além de ser uma simpatia, a Mina é Fodona! Assim mesmo, escrito em maiúscula. Daquelas que a gente quer ser quando crescer.
Foi ela a ganhadora do prêmio booker em 2001. Não que eu saiba a importância de um prêmio desse porte na vida de um mortal, sei que, quem não a conhece está perdendo, e muito!
Chega de Retratos - Por Margaret Atwood
Chega de retratos. Já existem em número suficiente. Chega de sombras de mim mesma impressas pela luz em pedaços de papel, em quadrados de plástico. Chega de olhos, bocas, narizes, humores, ângulos ruins. Chega de bocejos, dentes, rugas. Eu sofro com minha própria multiplicidade. Duas ou três imagens seriam suficiente, ou quatro, ou cinco. Isso teria permitido uma idéia firme: Esta é ela. Desse jeito, sou aquosa, ondulo, a todo momento me dissolvo em meus outros eus. Vire a página: você, ao olhar, fica de novo confuso. Você me conhece bem demais para me conhecer. Bem demais não: demais.
capa: A Tenda; desing de capa: Atwood e Webb; Editora Rocco; e eu não pedi autorização para reprodizir...segredo!
Conheci esta senhoura num jantar, na Festa Literária de Parati, acho que em 2003 ou 2004, sou ruim que só para datas, não importa, o fato é que..Sim! Eu jantei com Margaret Atwood! E isto estou contando só para que morram de inveja, porque além de ser uma simpatia, a Mina é Fodona! Assim mesmo, escrito em maiúscula. Daquelas que a gente quer ser quando crescer.
Foi ela a ganhadora do prêmio booker em 2001. Não que eu saiba a importância de um prêmio desse porte na vida de um mortal, sei que, quem não a conhece está perdendo, e muito!
Chega de Retratos - Por Margaret Atwood
Chega de retratos. Já existem em número suficiente. Chega de sombras de mim mesma impressas pela luz em pedaços de papel, em quadrados de plástico. Chega de olhos, bocas, narizes, humores, ângulos ruins. Chega de bocejos, dentes, rugas. Eu sofro com minha própria multiplicidade. Duas ou três imagens seriam suficiente, ou quatro, ou cinco. Isso teria permitido uma idéia firme: Esta é ela. Desse jeito, sou aquosa, ondulo, a todo momento me dissolvo em meus outros eus. Vire a página: você, ao olhar, fica de novo confuso. Você me conhece bem demais para me conhecer. Bem demais não: demais.
capa: A Tenda; desing de capa: Atwood e Webb; Editora Rocco; e eu não pedi autorização para reprodizir...segredo!
2 comentários:
Ainda bem que é só a opinião da margaret...heheheh sou artista plástico e adoro pintar retratos, e pinto muitos, mas enfim...acho que faltam retratos no mundo, de pessoas que realmente valham a pena.
Parabéns pelo blog.
Marco Angeli
Oi Marco!
Sei bem que pinta retratos. Tenho um lindo, pintado por você, na sala da minha casa. Que por acaso, é a mesma do seu primo, Angeli..curioso, né?!
um beijo
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