segunda-feira, janeiro 07, 2008

From Neederland...

Comecei o ano conhecendo o Leo, um holandês de 1,80m, loiro de olhos azuis que me interpelou na rua. Felicíssimo por encontrar uma boa alma que falasse o mínimo de inglês, o Leo e sua simpatia, estavam perdidos e haviam sido assaltados. Entre a ida ao consulado e a chegada de seu seguro viagem, ele precisava pagar um hotel xexelento na av. Brig. Luiz Antônio que custava 25 contos.
Ficamos conversando mais uns minutos até que resolvi dispor da grana, ainda que fosse um golpe…
Só que o cara era holandês! - Eu tive a certeza de que era mesmo holandês, quando me falou o nome da cidade onde nasceu, um nome pra lá de esquisito e que ele teve de repetir 3 vezes para que eu entendesse, não entendi. - E os holandeses não têm esse histórico de golpes, então, resolvi fazer minha primeira boa ação de ano novo.
O Leo foi embora a pé, com a certeza de que as pernas aguentariam sem problemas caminhar quilômetros até a Brigadeiro. Agradecidíssimo, levou também meus 25 contos.
Ao ir embora, gentilmente beijou-me as mãos, num gesto de cavalheirismo `a moda antiga. E num piscar de olhos, sumiu.
Ou essa foi a cantada mais cara que já levei, ou foi uma boa maneira de começar o ano. Fazendo uma boa ação para um desconhecido. De qualquer forma, foi um empurrãozinho para voltar a escrever, e assim, desejar `a todos, um ótimo ano novo.


2 comentários:

Anônimo disse...

Desculpe a pergunta, mas se fosse pardo de olhos escuros, comuns, 1,60m, falando "nordestinês", tb seria ajudado dessa forma?
É só uma curiosidade.

carol disse...

Pois é Beto. É de se pensar... Confesso que na vida, já pensei (e passei) por situações parecidas, e cheguei a conclusão que de fato sou de fácil convencimento, crédula mesmo.
Essa não foi a primeira vez que fui abordada na rua - nem será a última - e, por acreditar em histórias bem contadas, como a do holandês, já me levaram alguma grana por aí.
Nunca vou saber quais histórias foram golpes, e quais verdadeiras, mas não importa. Sei que ainda acredito em pessoas que precisem verdadeiramente de ajuda, independente de suas raças, credos, alturas e línguas natais.
Até porque eu já estive em situação semelhante, e por isso, posso te responder que sim, Beto, se puder ajudar, ajudo. E você?
Abraços
Carol