terça-feira, agosto 14, 2007

Hope you guess my name...

Cada vez que vejo uma coisa espetacular tenho o ímpeto de fazer, aprender ou ser aquilo. Dançarina, musicista, pintora, escultora, muralista, trapezista, a lista é interminável. Tudo me encanta, e penso que seria divertidíssimo saber fazê-las ou sê-las.
Talvez isso seja uma falta de caráter, afinal quero ser tudo ao mesmo tempo; mas também pode ter uma explicação puramente técnica, descobri que, este fenômeno se dá por conta dos 7 nomes que tenho. Explico.
Sou fruto de uma mistura tremenda, tenho genes de guerreiros índios, de lordes ingleses, dos quatrocentões (quinhentistas?) portugueses, e do delicioso e festivo povo da bela Itália. Até aí nenhuma novidade para uma brasileira.
Só que a mistura é tanta que, quando pequena pensava em acrescentar ao nome os sobrenomes da família toda. E como a doideira vai crescendo junto com a gente…
Agora, para cada coisa que faço, vou adicionando os sobrenomes, mudo conforme o humor ou situação. Sabe aquela coisa de "tenho sete namorados…" Brinco com os 7 e fico nessa:
- Qual nome combina melhor se resolver ser chef d'cuzine? E dançarina clássica? ...
Acho um mais bacana, outro menos comum. São tantos. Os 7 coadjuvantes possíveis para mim. (Guaycurú, Lagden, Motta, Mello, Baroni, Fusco e Bocchini)
Outro dia, remoendo coisas em gavetas, achei uma preciosidade, com a letrinha já toda engruvinhada, apareceu na minha frente um papel amarelado, com a seguinte frase “ Use e faça-se conhecer” e um sobrenome. A letra inesquecível é da minha avó Ana. Mãe de minha mãe. A vó, foi a responsável pela minha volta de um país ancestral, e por consequência, responsável indireta pela vida que tenho o privilégio de viver. Mas essa é outra história…
E assim, escrevendo essas linhas despretensiosas, me dei conta que a tormenta é ainda maior, porque na realidade, são 8 os sobrenomes! Na brincadeira esqueci do meu nome patronímico, e lá veio a lembrança para me tirar das trevas do esquecimento, “ USE…” .
É simples, comum, e combina comigo. Da onde veio eu não sei, acho que é cristão novo, todos os nomes de árvore o são. Pra onde vai, acho que ela, minha amada avó Ana, saberia dizer. Quem sabe um dia…Muito prazer, sou Carolina, de Carvalho.

2 comentários:

blubell disse...

Carolina de Carvalho. Amei. Lindíssimo. Nunca menospreze os conselhos da vovó...

Anônimo disse...

Texto show!!